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Friday, November 23, 2007
Horizontes III
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Friday, October 05, 2007
itinerarium eridani
... tal como de blog em fantasia, assim de ambientes afectivos em mundos virtuais, Eridanus passeia com a sua amiga Gi pela floresta dos baobas de Madagáscar, ali, onde os sonhos tecem sombras com agulhas de luz:
Saturday, September 08, 2007
Horizontes II
«[...]
Embalados no próprio movimento,
Como se andar calasse algum tormento,
O seu olhar fixou-se para sempre
Na aparição sem fim dos horizontes.
[...]
[...]
Nenhum jardim, nenhum olhar os prende.
Intactos nas paisagens onde chegam
Só encontram o longe que se afasta,
O apelo do silêncio que os arrasta,
As aves estrangeiras que os trespassam,
E o seu corpo é só um nó de frio
Em busca de mais mar e mais vazio.»
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Fontes: do texto: Sophia de Melllo Breyner Andresen, "Homens à beira-mar", in Antologia, Moraes Eds., Lisboa, 1975; da imagem: Eridanus; da composição: Berenice.
Thursday, August 30, 2007
horizonte
... de «todas as mutáveis coisas do mundo»
Saturday, July 21, 2007
mysterium eridani V
Friday, June 22, 2007
NO PRINCÍPIO
A terra era desordem e deserto
Uma treva sobre as faces do abismo,
Mas o sopro de Elohîms planava
Sobre as faces das águas.
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Elohîms diz: “Uma luz será.”
E é uma luz.
[...]
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Mas um vapor sobe da terra
E rega todas as faces do terreno.
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[...] Elohîms forma o terroso – Adâm,
pó do terreno – Adama.
Ele insufla em suas narinas um hálito de vida:
E é o terroso, um ser vivente.
[...]
Em verdade, em verdade vos digo:
quem acredita em Mim, as obras que Eu faço,
fálas-á também, e fará obras maiores do que estas, [...].
Tuesday, January 30, 2007
mysterium eridani IV
ali, mal refeito do espanto, eridanus foi surpreendido pelo cair da noite e do que parecia ser uma chuva de luz violeta; tremendo de frio, procurou escapar-lhe, mas acabou sendo atingido por uma gota - seria um programa, um algoritmo flutuante cujas linhas de código logo o teleportaram para outro mundo
... Eriador, foi-lhe murmurado, seria o nome deste outro mundo... ou assim eridanus julgou ouvir, de algumas folhas agitadas pelo vento... um vento que, dissipada alguma névoa mais densa, lhe permitiu entrever a luz bruxuleante de algumas tochas acesas na frente de uma estalagem
eridanus entrou, sentou-se e, num ambiente reminiscente de contos antigos, perdidos na memória, ouviu viajantes que, sem o verem, narravam entre si a fantástica história da sua própria visita ao Castelo Sem Nome... e de como por lá ficara perdido um peregrino chamado... chamado eridanus !
... gritou, mas ninguém ouviu o seu grito,
o sonho e a vigília entrelaçaram-se, veio o dia
e foi sob a luz de outra estrela que eridanus se viu
reflectido nas águas de um regato nas montanhas de Leaves...
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«Dizer não posso como lá cheguei.
P'lo sono que de pronto me invadiu
Quando da vera estrada me apartei.»
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Fontes: do texto: a conjectura existencial de eridanus; Dante Alighieri, «Inferno», canto 1, 4; das imagens: fotografias de Tao, de Eriador e de Leaves, encontradas num bornal, perdido à beira de uma estrada esquecida.
Tuesday, January 02, 2007
liberdades e comunicação
"Se o nosso mito-sonho ocidental exige que escravizemos espiritualmente os outros a fim de «salvá-los», não deveríamos surpreender-nos que o mito-sonho deles exija que fiquem completamente livres para se salvarem."
"Mas ambos os mitos-sonhos [...] são apenas expressões parciais e inadequadas de toda a verdade [...]. Os dois precisam um do outro para cooperar no empreendimento comum de construir um mundo adequado para a maturidade histórica do homem."
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Fonte: Thomas Merton, Amor e Vida, Martins Fontes, São Paulo, 2004.