diamante branco puro, ligado por ouro a uma pérola de matiz dominante,
assim me feriu hoje no flanco a Providência indecifrada da minha vigília...
«[...] Vem também misteriosa; a noite, a sonhadora, vem,
Cheia de estrelas e certo bem pouco cuidando em nós,
Lá vem a admirável, a estrangeira entre os homens,
Com seu brilho, triste e faustosa, por sobre os cumes dos montes.
De maravilhar é a graça da Sublime e ninguém
Sabe donde ela vem e o que dela nos pode suceder.
De tal modo ela move o mundo e a alma esp'rançada dos homens,
Nem mesmo um sábio compreende o que ela prepara, pois
Assim o quer o Deus supremo, que muito te ama [...]»
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Fontes: Hölderlin, Poemas, Atlântida, Coimbra, 1959; Karl F. Schinkel, Die Nacht, 1816
3 comments:
Maravilhoso post! Estes poemas são muito expressivos... principalmente o da noite; que forma de "a compreender"!
Gostei!
... a leitura é que foi gentil, pelo que me diz respeito... quanto a Hölderlin, dele, como outro escreveu, é dele "...o rigor a fogo das palavras exactas e sofridas..."
Que Belo!
A noite aluada dourada!
Grande Abraço,
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