E eis que, por artes da Lua- Feiticeira, sua irmã, toda a emoção, toda a tranquilidade e toda a solidão das estrelas se dissolvera sobre o lago, e Ela, vestida de negro e ouro, acabara de chegar.
Mas era tarde. O barco estava vazio. Ele, o outro Viajante, já se tinha recolhido para renovar as energias recebidas de seu pai, o deus-Sol, e para voltar na madrugada seguinte.
Apesar de todas as magias, Ela chegava sempre tarde, em cada dia.
E, gémeas as suas almas, incansáveis numa vã procura, numa eterna navegação, sonhavam com o momento mágico em que, talvez numa outra era, noutra galáxia, numa outra esfera, quando disso fossem merecedoras, se haveriam de encontrar...
Enquanto isso, e sem a consciência de que se revezavam consecutiva e repetidamente, Noite após Dia, Dia após Noite, completando-se, lá se iam inspirando mutuamente e inspirando também, cada um à sua maneira, os homens e as mulheres daquele planeta azul, que também eles ansiavam pelo seu verdadeiro Amor...
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1 comment:
Conheço isto....
Tão Belo,
Tão profundo,
Tão fantástico!
Será que as pessoas não leram?
Beijinhos Amiga. Adoro esta tua escrita.
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