Friday, March 03, 2006

... mas foi mais longe,


e para além, justamente
«Como quem vai pensando o seu caminho,
Com coração que vai, corpo que fica»,

que cheguei, enfim, ao deserto


... mas tu que me segues, até aqui, e lês, se queres prosseguir, agora lê:

«Não esqueças nunca

o gosto solitário

do orvalho»

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Fontes: Dante Alighieri, in A Divina Comédia, O Purgatório, Canto II; Matsuo Bashô, in O Gosto Solitário do Orvalho; Max Ernst, (imagem) Arizona desert.

5 comments:

Rosalina Simão Nunes said...

«Não esqueças nunca o gosto solitário do orvalho»

...palavras que apelam à manhã, ao nascer do dia...à calma, ao repouso.

Eridanus said...

... e a montanha, dark side, que dizer da montanha?, aonde o caír do orvalho marca o compasso do nosso desfalecimento, de um dia para o outro, de uma hora para a outra, como água de nascente, atirada de rochedo em rochedo, anos a fio para o incerto?... haverá, planície, haverá planície onde se apazigue, laminar, toda esta turbulência do mundo que trazemos no coração?

Rosalina Simão Nunes said...

há sempre uma planície...

Avó do Miau said...

Lindissimo!
Foi um prazer conhecer o seu blog!

Anonymous said...

Com o coração que vai, corpo que fica... é bom ser uma gota de orvalho solitária.
;o)

Dinorah