Sunday, December 25, 2005

Na esteira de uma estrela, cadente (II)

Haviam passado uns escassos meses desde que ela lhe ouvira falar pela primeira vez de "blog". Gostara logo da palavra: era redondinha e pesada, e soava como um seixo ao penetrar a superfície imóvel das águas verdes de um lago. Tantas vezes fizera ela isso em criança, só para ouvir aquele blog! e depois ficar a contemplar os círculos divergentes que, um após outro, denunciavam a agitação provocada e lhe petrificavam a ela, criança solitária, os pensamentos.

8 comments:

Elipse said...

...charquinho de água; água limpinha em círculos... e a gente a ver, na transparência, tudo o que está por baixo.

Berenice said...

Obrigada pelo teu comentário tão poético e tão carregado de significado; mais parece um haiku. Adorei!Far-te-ei uma visita em breve.Beijinho!

Anonymous said...

Olá

Gostei muito de ver a fotografia da janela lá de casa.

está muito giro
bsj

Eridanus said...

:-) obrigado, mana ... agora, está na altura de fazer o seu próprio blog... e treinar a pontaria nos comentários (ehehehehe)

Anonymous said...

qual pontaria?

Jorge Moreira said...

Nunca tinha pensado no som.
Mas realmente um blog, pode-se repercutir na superfície cibernética e humana, tal como as ondas, na superfície da água.
Muito bonito e inspirador.
Beijinhos,

Jorge Moreira said...

Olá Querida Amiga Berenice,
Espero que a Inspiração chova a cântaros, para nos continuares a brindar com este texto, de grande inspiração para nós.
Beijinhos.

Anonymous said...

Todo cheio de sons e imagens,com sensibilidade e autenticidade. Agora quero ver mais textos. Coragem, acredita. Bjs.