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Sentimentos, de vaga em vaga, às praias de Deus.
Coração pulsátil, inquieto, anelante,
lançarias tu, oh!, tal diástole, de tão branca espuma,
se não fora o rochedo, antigo e silencioso,
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onde fios de sangue desenham, cá no fundo,
sofrida, tão púrpura sístole?
Ai!, esta bondade que se dá!,
esta verdade que se expõe!,
este bem que se deseja!...
A beleza do meu Amor cobre e integra o mundo inteiro,
aspirando-me, rumo a Si.
Ela esplende, e encanta-me,
e eu consinto, e expiro,
e deixo ao vento o murmúrio deste sofrimento.
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Fontes de inspiração: Friedrich Hölderlin, Hipérion ou o Eremita da Grécia, Assírio e Alvim, Lisboa, 1997; Josef Piper, Que é Filosofar?, Edições Loyola, São Paulo, 2007; Paul Gilbert, A Paciência de Ser - Metafísica, Edições Loyola, São Paulo, 2005.