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"... disseste sorrindo: Je suis très fatigué. J'ai quatre mille ans.
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[... mas] isto aconteceu na Terra,
inútil é imaginar a idade que terás no céu.
Não sei se ainda és alguém. Não sei se me estás a ouvir."
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Fontes: antelope canyon (imagem); Jorge Luís Borges, «Elegia», in Os Conjurados.
10 comments:
Que post absolutamente lindo... misterioso... adorei!
:)
E andei por aqui. O cansaço faz parte da existência. Cansamo-nos de guerras, de passeios, do amor e de um sem fim de coisas que creio impossível enumerar.
Quero que fiques bem.
Manuel
a beleza, diz-se, está muito nos olhos de quem vê, talvez como o mistério só o é para quem para ele tem sensibilidade... assim para algo como um 'koan', que foi como eu senti estas palavras de J.L.Borges... não tanto pela ironia que se lhe reconheça, como pela abertura de horizonte a que me impulsa..., todavia, sem que me perturbe num repouso que tem algo de contemplativo, tão somente...um pouco como algumas fotografias, no blog do Pedro sugerem também
então... que a nossa hospitalidade vos seja propícia
"J'ai quatre mille ans.."...e acreditas que às vezes tenho mesmo essa idade?!
às vezes estou tão cansada...
boa noite.
...ouvi sim.e ao cansaço também.
Somos personagens...de uma estória de vida,já vivida...em que o amor deixou de existir.em que amor deixou fazer chorar...desistiu.
ouça apenas a música de Mahler...e não precisa de perguntar nada mais...porque ali(naquela dança) olhamos quem sofre....ou talvez
ali(naquela mulherque vive)...se veja tanto a realidade.
se lá está...terá todo o sentido de estar.assim.cansada.de vida já tanto vivida.
(transportar para um palco o que já sentimos profundamente...faz sem dúvida todo o sentido.não?)
um abraço dado.
:)
pega numa flor
a mais linda do teu jardim
e com carinho dá a quem amas,
Pega um sorriso,
aquele sorriso franco e doe
a um amigo que está triste
pega um raio de luz e esperança ,
uma rosa branca, fala de paz ...
fala da ternura , fala do amor
fala da vida , da flor que desabrochou
da criança que acabou de nascer em Ti...
podes mudar o mundo
Só Tu ...
acredito que as raposas têm as suas tocas, e que as aves do céu têm os seus ninhos, mas o filho do homem, esse, não encontra onde repousar a cabeça...
... aqui, porém, és acolhida,
com gestos hesitantes de amparo para que te demores,
com uma leve admiração pelo que, desse fluir do tempo, trouxeste de ti...
... faz sentido, sim,
porque tudo está ainda no princípio,
porque tudo está ainda por fazer,
porque mesmo a verdade da dor, e da maior das dores que é a do amor não correspondido, é, afinal, uma verdade incompleta...
por isso me exponho, neste palco,
como se me interpretasse ser quem sou,
demorando-me no sentimento vívido
desse abraço que me foi dado, desse gesto com que me tocou
... e do assobiar do vento nas copas das árvores da montanha, como nos telhados das casas em que habitamos,
do marulhar das ondas nas praias, como nas ruas em que nos cruzamos, dos gemidos anelantes que nos murmuramos,
não é de todos estes sons e palavras que se há-de compor o nosso canto alegre de um novo dia?
Misterioso, magnifico e lindo.
belo
jocas maradas de tempo
o anónimo ... c est mois
jocas maradas
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