...nos confins, bem longe, naquele lugar perdido de onde a turbulência dos átomos que se fundem no seu coração nos impressiona como um fluxo laminar, caminhámos no enlevo duma tranquilidade sideral, mas depois
«O fio perdeu-se, o labirinto perdeu-se também. Agora nem mesmo sabemos se nos rodeia um labirinto, um secreto cosmos ou um caos imponderável. O nosso mais grato dever é imaginar que há um labirinto e um fio. Nunca daremos com o fio; talvez o encontremos e o percamos num acto de fé, numa cadência, no sonho, nas palavras que se chamam filosofia ou na mera e simples felicidade.»
... «Uma gota de orvalho
A vida... uma gota de orvalho
E contudo...»
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Fontes: Jorge Luís Borges, in "Os Conjurados";Issa Kobayashi, in "Primeira Neve".