«Detença, mesmo com as coisas mais íntimas, não nos é dada;
das imagens cumpridas o espírito arroja-se, repentino demais,
para as que se querem cumprir; lagos, há-os só no eterno.»
( Rilke, in "A Hölderlin" )
Haviam passado uns escassos meses desde que ela lhe ouvira falar pela primeira vez de "blog". Gostara logo da palavra: era redondinha e pesada, e soava como um seixo ao penetrar a superfície imóvel das águas verdes de um lago. Tantas vezes fizera ela isso em criança, só para ouvir aquele blog! e depois ficar a contemplar os círculos divergentes que, um após outro, denunciavam a agitação provocada e lhe petrificavam a ela, criança solitária, os pensamentos.
"Tal como lhe aprouve,