Tuesday, December 27, 2005

... reflexões de um seixo, na esteira das ondas que agitou ...


«Detença, mesmo com as coisas mais íntimas, não nos é dada;
das imagens cumpridas o espírito arroja-se, repentino demais,
para as que se querem cumprir; lagos, há-os só no eterno.»
( Rilke, in "A Hölderlin" )

Sunday, December 25, 2005

Na esteira de uma estrela, cadente (II)

Haviam passado uns escassos meses desde que ela lhe ouvira falar pela primeira vez de "blog". Gostara logo da palavra: era redondinha e pesada, e soava como um seixo ao penetrar a superfície imóvel das águas verdes de um lago. Tantas vezes fizera ela isso em criança, só para ouvir aquele blog! e depois ficar a contemplar os círculos divergentes que, um após outro, denunciavam a agitação provocada e lhe petrificavam a ela, criança solitária, os pensamentos.

Sunday, December 18, 2005

Janela para o Tejo

Ali desaguam as ruas de Lisboa, escorridas pela chuva, matizadas pelo Sol.

Saturday, December 03, 2005

Na esteira de uma estrela, cadente (I)

Caminhavam na baixa fria da cidade na manhã soalheira. Vestidos com as roupagens quentes da amizade, o bafo quente a elevar-se no ar que cheirava a torrado e a pastéis de nata, ela perguntou-lhe:
- Mas como é que se faz um blog?
- É fácil, menina! Basta... ires à internet... usas o Google, introduzes um termo de pesquisa como 'blog'... e logo te aparecem n sites, abres um e vês. Se não funcionar, passas para outro. São aos milhares! - explicou ele, numa tentativa de desbravar os matagais cerrados em que ela se imaginava já virtualmente perdida. (continua)

À chegada a esta galáxia

"Tal como lhe aprouve,

em sua eternidade,

fora de tempo e de limites,

se abriu em amores novos,

o Amor que move o Sol e os outros astros"